A empresa Naliteck Mecânica e Automação Industrial, de Olímpia, amplia cada vez mais os seus horizontes comerciais. Ela foi destaque nesta terça-feira (14) em um dos principais portais de noticias financeiras e de negócios que se concentra na região do Oriente Médio e Norte da África: o MenaFN (Middle East North Africa Financial Network), fundado em 2000 e que sempre traz informações atualizadas e confiáveis sobre economia, finanças, negócios e eventos relevantes, como, agora, a Naliteck ampliando as suas exportações para aquele canto do mundo.
A capa do Mena FN desta terça (14)
Além de cobrir os principais eventos econômicos e financeiros da região, a MenaFN destaca oportunidades de negócios e investimento, bem como promover o intercâmbio de conhecimentos e melhores práticas entre os países da região. Por isso, o destaque na Naliteck.
A reportagem, muito explicativa sobre a empresa olimpiense e os seus negócios que se expandem, agora, a sete países, inclusive duas nações árabes, começa assim:
“São Paulo – Uma fabricante brasileira de máquinas encontrou no mundo online uma maneira de trilhar o caminho das vendas internacionais. Nascida como um negócio familiar para atender uma necessidade doméstica, a Naliteck Mecânica e Automação Industrial, sediada em Olímpia, São Paulo, agora é uma exportadora e atende a sete países, incluindo duas nações árabes, os Emirados Árabes Unidos e o Egito (na imagem acima, uma visita ao país).
“As exportações começaram há sete anos, com a publicação de vídeos no YouTube. A história da Naliteck, no entanto, começou muito antes, no ano de 2010, quando a empresa foi fundada por Antônio Roberto Nalini. Anos depois, quando seus dois filhos, Flávio e Vitor, se formaram em Engenharia Elétrica e Mecânica, respectivamente, eles se tornaram diretores dos departamentos de Elétrica e Produção”.
A reportagem prossegue:
A ideia de criar a Naliteck surgiu depois que Antônio, o diretor comercial da empresa, trabalhou em uma fábrica de embalagens de madeira, que condicionava fios e cabos – conhecidos como flange de carretel. “Na época, como não havia um equipamento para usinar e fabricar o carretel, eu fazia isso. Desenvolvi um equipamento para cada função dentro da fábrica, até que um dia, por motivos logísticos, vimos que o negócio de enrolar fios não era viável.
Depois de anunciarem a venda das máquinas para seguir em outra indústria, um de seus clientes se ofereceu para comprá-las. Após a instalação, este cliente convenceu Antônio a fazer outra máquina. E os equipamentos foram aprimorados ao longo do tempo, sendo vendidos para grandes fábricas nacionais.
Alguns dos principais produtos vendidos no Brasil são centros de usinagem de flanges de carretéis de madeira e otimizadores de corte de madeira para diversos fins. No exterior, os centros de usinagem de carretéis de madeira são os produtos mais vendidos.
Agora atendendo a sete países – Romênia, Paraguai, Estados Unidos, Turquia, Egito, Espanha e Emirados Árabes Unidos – as exportações começaram online sete anos após a fundação da empresa. Antônio, 59 anos, nascido em Olímpia, começou a postar vídeos curtos dos produtos no YouTube e, em seguida, foi contatado por seu primeiro cliente internacional, da Romênia.
“O Sr. Giovanni queria vir ao Brasil para ver a máquina de flange de carretel de madeira em operação. Com a permissão de alguns clientes nacionais, levei-o. Giovanni gostou e comprou a máquina”, conta o fundador da Naliteck sobre o comprador romeno.
Mas como tudo que é feito pela primeira vez, essa venda apresentou algumas dificuldades no início. No entanto, após a instalação e venda concluídas, eles aprenderam a lidar fora do país e Antônio impulsionou a promoção dos equipamentos para outros compradores em potencial.
Em seguida, conquistaram três clientes nos EUA, realizaram vendas para o Paraguai, Turquia, Egito e, mais recentemente, com a ajuda da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (ABCC), fecharam um negócio com um cliente dos Emirados Árabes Unidos.
Assim como em seu primeiro negócio internacional, a empresa enfrentou algumas dificuldades ao vender para um cliente no Egito. Antônio, que foi contatado pelo comprador no Facebook em julho de 2020, diz que o problema foi com os bancos envolvidos no negócio, um do Brasil e um do Egito.
Como as duas instituições não haviam interagido antes, o fundador da Naliteck tentou várias maneiras de fechar o negócio, enquanto lidava com a desconfiança do cliente. Os egípcios tinham medo de enviar o dinheiro antecipadamente porque achavam que não receberiam a remessa.
“Como o valor era baixo na época, me arrisquei por conta própria e fechei o negócio. Quando enviamos a máquina do Porto de Santos e enviamos os documentos, eles pagaram imediatamente. Na segunda negociação com outro país árabe, enfrentamos alguma resistência do banco brasileiro no momento da troca das chaves. E não sabíamos por quê”, disse ele.
“Quando eu estava prestes a desistir do negócio, pesquisei no Google e encontrei a ABCC. Falei com Alberto Salgueiro (Coordenador de Aquisição e Relacionamento da instituição), e ele disse que tentaria intervir, mesmo que eu não fosse membro. Ele entrou em contato com o escritório da ABCC em Dubai, forneceu os dados da minha empresa, mostrando que a Nalitech era um negócio legal. Isso mostrou nossa credibilidade ao cliente, que então pagou 50% adiantado. Depois disso, a máquina foi entregue e nos tornamos membros da ABCC.”
A empresa brasileira ainda está negociando uma grande venda para outro cliente no Egito. Mas como a fábrica fica na Argélia, a negociação está sendo realizada com uma instituição financeira local que ainda não fechou nenhum negócio com o banco brasileiro.
Além disso, a Nalitech recebeu pedidos de orçamento e ofertas comerciais para vender centros de usinagem de carretéis de madeira a diversos clientes na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Ucrânia e Índia.
Expansão no exterior
Na Europa, onde a empresa fechou negócios com Espanha e Romênia, é possível encontrar equipamentos semelhantes aos vendidos pela Nalitech. Mas a empresa brasileira consegue se destacar dos outros, diz Antônio, devido aos preços mais baixos e aos equipamentos melhores.
“Nossos equipamentos são muito mais práticos e atendem às metas de produção deles. Os EUA, por exemplo, fabricam máquinas boas e confiáveis, mas não com a mesma agilidade que as nossas. Além disso, fabricamos um produto que economiza mais energia e nós, brasileiros, devido à nossa flexibilidade no momento da negociação, acabamos nos tornando amigos dos clientes.”
Procurado por José Alfredo Torres, do México, consultor da indústria de cabos e fios no Brasil, Antônio aceitou ter um representante da empresa fora do país, e desde então negociações entre os dois países têm sido discutidas.
Desde a sua primeira máquina, vendida em 2010, a Naliteck lida com muitos clientes nacionais também. Sua base de clientes ativa inclui cerca de 30 clientes espalhados por vários estados do Brasil, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás e Pernambuco. Sua fábrica conta com 16 funcionários.
Fonte: Diário de Olímpia.